domingo, 20 de junho de 2010

Quando usar a vírgula

Usa-se a vírgula

a) Separam-se os termos de mesma classe gramática em coordenação.

Ex.: Comprei pão, queijo, leite, café.

b) Separam-se por vírgulas todas as orações assindéticas do período.

Ex.: Comprei uma passagem, fui para o Hawai , encontrei Sebastiana, esqueci da vida.

c) Orações coordenadas, com exceção das iniciadas por e, pedem virgulas.

Ex.: Comprei minha passagem, logo já posso viajar.
Estudei muito, mas tirei uma nota baixa.

d) Com o vocativo.

Ex.: Sebastiana, volte.

e) Com o aposto, exceto o especificativo.

Ex.: Sebastiana, minha esposa, acabou de chegar. (explicativo)
A prima Sebastiana está doente . (especificativo)

Obs.: Com o aposto resumitivo e com o que se refere a toda uma oração, a vírgula só se emprega antes da palavra.

Ex.: Sebastiana, Maria, Cremilda, todas falaram com o galã.
Trouxe os documentos, o que facilitou a investigação.

Os apostos todos e o não ficam entre vírgulas.

f) Nas datações, para separar o nome do lugar.
Ex.: Miguel Pereira, 10 de abril de 2010.

g) Para isolar termos de natureza retificativa ou explicativa, como isto é, ou seja, ou melhor, aliás, digo, etc.
Ex.: Ele é marido da Sebastiana, ou melhor, ex-marido.

h) Para indicar supressão de palavra (geralmente o verbo) ou grupo de palavras.

Ex.: Sebastiana comprou um carro; sua irmã, uma bicicleta. (comprou)
Sebastiana estava ali, olhos fixos no João. (com)

i) Para isolar as orações que, sem ligação sintática com o texto, servem para indicar a fala do interlocutor. São chamadas de orações intercaladas.

Ex.: - Não vou ficar aqui parada, disse Sebastiana.

sábado, 17 de abril de 2010

Plural de adjetivos compostos

Nos adjetivos compostos somente o segundo elemento sofre variações.
Veja:

Música lantino-amaricana - Músicas latino-americanas.

As exceções são:

a) Fica invariável o adjetivo composto em que o segundo elemento é um substantivo.

Fantasia amarelo-ouro; Fantasias amarelo-ouro.

b) Azul-marinho e azul-celeste são sempre invariáveis.

c) No adjetivo composto surdo-mudo, flexionam-se os dois elementos, tanto em número como em gênero.

Formação do plural dos substantivos compostos

Quando o substantivo composto apresenta os radiais unidos por hífen, podemos ter os seguintes casos:

a) o primeiro elemento é verbo ou palavra invariável e o segundo é substantivo ou adjetivo – só o segundo elemento vai para o plural.

Ex.:
guarda-sol; guarda-sóis
abaixo-assinado; abaixo-assinados
Sempre-viva;sempre-vivas
beija-flor; beija-flores


b) os dois elementos são variáveis (substantivo, adjetivos, numerais) – ambos vão para o plural;
Ex.:
guarda-florestal; guardas-florestais (guarda-substantivo)
quarta-feira ; quartas-feiras
obra-prima; obras-primas


c) os elementos que formam o substantivo composto são ligados por preposição – só o primeiro elemento vai para o plural:
Ex.:
pé-de-moleque; pés-de-moleque
mula-sem-cabeça; mulas-sem-cabeça

d) o substantivo composto é formado pó palavras repetidas ou onomatopaicas – só o segundo elemento vai para o plural:
Ex.:
tico-tico; tico-ticos
pingue-pongue; pingue-pongues
tique-taque; tique-taques

bem-te-vi – bem-te-vis

domingo, 11 de abril de 2010

Dicas para escrever bem

Não se aprende a escrever somente com teorias, o treino diário é o caminho para quem deseja escrever com desenvoltura. Cada pessoa descobre sua técnica, essa descoberta requer trabalho de insistente revisão.
A maior qualidade do texto é a clareza, quem consegue se expressar verbalmente com facilidade, quase sempre, produz textos com alto grau de objetividade. Criou-se um mito de que quem ler muito escreve bem. Não acreditamos nessa afirmação. Sabemos que a maioria dos escritores são bons leitores, mas não podemos afirmar o inverso. Só se aprende escrever, escrevendo.
Escrever é um trabalho difícil, o texto quase nunca está pronto no primeiro esboço. O rascunho da obra, aqui da redação, é uma coisa primitiva que frequetemente apresenta falhas profundas, elas são decorrentes da necessidade de combinar composição com o pensamento. Após a produção do esboço, o autor inicia o processo de lapidação. À medida que vamos trabalhando nossa produção, nos tornamos mais exigentes e é essa busca do melhor texto que nos impulsiona para voos mais altos.
Frase curta é uma boa estratégia, a memória imediata tem limite. Sentenças longas e complicadas podem ser consideradas ilegíveis, porque o leitor, quando chega no final da frase, já não se lembra do que leu no começo. Qualquer pessoa fica entediada quando precisa reler o trecho que se evaporou, para compreender o restante. Ao escrevermos sentenças curtas, que logo completa o sentido na memória imediata, as informações vão sendo transferidas para a memória de médio prazo. É nessa memória que os dados acumulam-se permitindo o perfeito entendimento da redação. Escrever textos de fácil entendimento é respeitar o nosso leitor.
Arriscar-se nos neologismo é tão perigoso quanto usar palavras arcaicas. Temos visto redações que o aluno, na tentativa de mostrar-se culto, usa palavras muito distantes de sua realidade. A consequência disso é uma produção confusa, com palavras descontextualizadas. A má escolha dos vocábulos dificulta a compreensão do texto. Notamos que o educando, preocupado em usar as trinta linhas, usam palavras demais e, além disso, justamente aquelas mais longas e de pouco uso. Isso reforça a nossa tese de que o aluno não foi devidamente preparado para defender suas ideias, por escrito, de maneira clara e objetiva. Não conseguiu entender que com palavras curtas ele pode escrever períodos curtos, mais fáceis de memorizar e de compreender. Percebemos que os estudantes têm predileção por duas classes de palavras: os adjetivos e os advérbios. Ora, são exatamente essas duas classes de palavras que costumam ser excessiva. Numa frase mais longa, elas serão menos memorizadas do que os substantivos, verbos e pronomes.
O modismo vocabular também é nocivo. Algumas palavras são modismo em determinados grupos sociais, na mídia, na própria escola. Quase sempre essas palavras carecem de explicações. Isso sem falar nas muitas palavras estrangeiras que estão circulando também por modismo. Elas têm equivalentes em nossa língua, evitando-as, garantimos uma melhor legibilidade em nossa produção.
Terminado o texto é a hora de escolhermos o título. Para que servem os títulos? O título é a síntese do que escrevemos e também as palavras que vão aguçar a curiosidade do leitor. Antes de ir ao texto o olho do leitor passeia pelo título e, quase sempre, é o que determina a intensidade que ele mergulha em nossas palavras. O título deve primar por uma simplicidade instigante: oração simples em ordem direta, sintético, abrangente. O título desperta a memória do leitor e, ao mesmo tempo, serve de guia para a empreitada da leitura

Concordância verbal com sujeitos formados por números, percentuais e frações

a) Quando se usa a porcentagem sem o especificador, o verbo concorda com o número.
Veja:
Somente 10% dos alunos foram classificados para a próxima etapa.

Atenção
Se esse número for inferior a dois, o verbo deve ficar no singular.
Observe:
Apenas 1,98% votou na chapa azul.

b) Quando a porcentagem vier acompanhada de um especificador, o verbo concorda com o especificador, independente do número percentual.
Veja:

Somente 20% da população votou no candidato da situação.
Li no jornal que 1% dos eleitores votaram em branco.


c) Nas frações, o verbo deve concordar com o numerador da fração.
Observe:
¾ da população aderiram à campanha de vacinação.
¼ da população recusou-se a aceitar a vacina.
2/3 dos alunos reprovaram o novo método.
1/3 dos alunos aprovou o novo método.

Devemos escrever os números por extenso ou não?

Nem sempre os números de um texto formal devem ser escritos por extenso. Veja algumas dicas.
Escreva todo número abaixo de dez por extenso.
Ex.: Os oito computadores do escritório estão com vírus.

Atenção
Não devemos aplicar essa regra para unidades de medida, idade, tempo, datas, número de páginas, percentagens, valores, proporções. Veja:
Comprei 2 metros de tecido.
Meu filho tem 9 anos.
São 8h30min.
A apresentação será no dia 9 de setembro.
A informação mais precisa está na página 5.

Não misture número com numerais (por extenso). Veja:
No quinto dia da feira, 20% dos livros já tinham sido vendidos. (Não)
No 5º dia da feira, 20% dos livros já tinham sido vendidos. (Sim)

Use números seguidos de palavras quando os últimos cinco ou seis dígitos forem zero. Observe:
O empresário doou R$ 2.000.000,00 para os desabrigados. (Não)
O empresário doou 2 milhões de reais para os desabrigados. (Sim)

Escreva decimais e frações em números.
0,23 e não zero virgula vinte e três
¼ e não um quarto.

Não comece uma frase com números.
2 alunos não fizeram os exercícios. (Não)
Dois alunos não fizeram os exercícios. (sim)

Só se usa a forma 02, 03, 08 em documentos de natureza legal, fiscal, jurídica.
Rio de janeiro, 03 de abril de 2010. (Não)
Rio de janeiro 3 de abril de 2010. (Sim)

domingo, 7 de março de 2010

Narração

Quando o texto está centrado no fato, no acontecimento, diz-se que se trata de uma narração. Palavra derivada do verbo narrar. Narração é o ato de contar alguma coisa. Novelas, romances, contos são textos basicamente narrativos. Os elementos de um texto narrativo são os seguintes:
a) Narrador
É aquele que narra, conta o que se passa supostamente aos seus olhos. Quando participa da história, é chamado de narrador-personagem. Então a narrativa fica, normalmente, em 1ª pessoa
b) Personagens
São os elementos, usualmente pessoas, que participam da história. Mas os personagens podem ser coisas ou animais.
c) Enredo
É a história propriamente dita, a trama desenvolvida em torno dos personagens.
d) Tempo
O momento em que a história se passa. Pode ser presente, passado ou futuro.
e) Ambiente
O lugar em que a trama se desenvolve. Pode, naturalmente, variar muito, no desenrolar da narrativa.

Discurso

Os personagens que participam da história evidentemente falam. É o que se conhece como discurso. O discurso pode ser:
a) Direto
O narrador apresenta a fala do personagem, na íntegra, palavra por palavra. Geralmente se usam dois pontos e travessão.

O professor disse ao aluno: - Normalmente, quem joga lixo no chão são pessoas com baixo grau de informação.

b) Indireto
O narrador incorpora à sua fala a fala do personagem. O sentido é o mesmo do discurso direto, porém é utilizada uma conjunção integrante (que ou se) para fazer a ligação. Veja:

O professor disse ao aluno que, normalmente, quem joga lixo no chão são pessoas com baixo grau de informação.

c) Indireto livre
É praticamente uma fusão dos dois anteriores. Percebe-se a fala do personagem, porém sem os recursos do discurso direto (dois pontos e travessão) nem do discurso indireto (conjunções que ou se). Observe:

O novo professor caminhava, pensativo, pelos corredores do colégio. Será que nesta escola os alunos já têm uma boa formação ou ainda jogam lixo no chão?

sábado, 6 de março de 2010

Classificação das orações subordinadas substantivas

Objetiva direta

Aquela que funciona como objeto direto da principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, sem auxílio de preposição, indicando o alvo sobre o qual recai a ação do verbo. Veja:
Bruna pediu que todos fizessem silêncio.
Isabela falou que Karina não veio.

Objetiva indireta

Funciona como objeto indireto do verbo da oração principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, com auxílio de preposição, indicando o alvo do processo verbal.

Precisava de que o ajudassem.
Gostou de todos presentes.

Subjetiva

A que funciona como sujeito da principal. O verbo da oração principal se apresenta sempre na terceira pessoa do singular e nessa não há sujeito, o sujeito é a oração subordinada. Há vários tipos.

I - Quando, na principal, há verbo de ligação e um adjetivo.

Ex.: É necessário que estude bastante.

II- Com verbos unipessoais (parece, urge, basta, convém, etc.) na principal.

Verbos unipessoais são aqueles que só podem ser conjugados na terceira pessoa.

Ex.: Basta que digam uma palavra.

III - Com a partícula apassivadora se na principal:

Ex.: Explicou-se que haveria alterações.

Predicativa

Aquela que funciona como predicativo da oração principal; só ocorre depois de verbo de ligação:

Verbo de ligação é aquele não indica ação, e faz a ligação entre dois termos - o sujeito e o predicativo. (ser, estar, continuar, etc)

Ex. Minha ideia é que façamos um pacto.
A verdade é que adoro meus alunos.


Completiva nominal

Aquela que funciona como complemento nominal da principal. Está sempre ligada a um nome da oração principal através de preposição.

Ex. Tenho certeza de que conseguiria.

Apositiva

A que funciona como aposto; geralmente aparece depois de dois-pontos. Está sempre ligada a um nome da oração principal, sem uso de preposição e sem mediação de verbo de ligação.

Ex.: Só queria uma coisa: que o compreendessem.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O que são orações subordinadas substantivas?

Orações subordinadas substantivas

São aquelas que representam termos sintáticos típicos do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto). Geralmente são iniciadas por uma conjunção integrante (que e se) ; às vezes, por um advérbio (onde, como, etc) ou por um pronome (quem, qual, etc.)

Há uma dica para reconhecer que a oração é subordinada substantiva: trocá-la pela palavra isto. É a única oração que permite tal troca. Veja os exemplos:

Isabela falou que estava cansada.

Isabela falou isto

Como o isto seria objeto direto de falou, a oração que estava cansada é subordinada substantiva, objetiva direta.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Classificação das orações

Absoluta
É aquela que aparece sozinha no período.

Ex. Ana Clara brincava com o gato.

O exemplo acima é uma frase (tem sentido completo) e possui uma, e apenas uma, oração (estruturada a partir do verbo “brincava”). Assim, é classificado como período simples.

Coordenada
É aquela que se liga a uma outra oração, sem dependência sintática, ou seja, sem representar-lhe qualquer termo sintático:

Ex.: Estudei e fui para a escola.

As duas orações são coordenadas, uma vez que não há entre elas dependência sintática. São chamadas de independentes

Subordinada

É a oração que se liga a uma outra, dita principal, representando-lhe um termo sintático qualquer (sujeito, objeto direto, adjunto adverbial, etc.). Veja:

Espero que vocês entendam a matéria.

A oração em destaque é considerada subordinada porque é um termo da outra, no caso, o objeto direto.

Principal

É aquela que tem um de seus termos representado por uma outra, dita subordinada. Veja

O Professor pediu que todos entrassem.

A oração destacada é a principal do período porque a seguinte atua como objeto direto.


As orações subordinadas se distribuem em três grupos distintos: adjetivas, substantivas e adverbiais, cada qual com suas características.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Palavras e expressões que provocam dúvidas




Meio ou meia?

Observe o emprego de meio e meia nas frases abaixo:

A criança comeu meio mamão e meia pera. (adjetivos)
Karina é meio tímida com os colegas de outras classes. (advérbio)
Débora ficou meio aborrecida com a avaliação dos alunos. (advérbio)

A palavra meio pode ser adjetivo e advérbio. Quando adjetivo, tem o sentido de “metade” e concorda em gênero com o substantivo a que se refere. Quando advérbio, tem o sentido de “um pouco” e fica invariável, isto é, apresenta-se sempre no masculino e no singular.

Afim ou a fim?

Afim é que tem afinidade, semelhança ou parentesco.
Ex.: Esses trabalhadores desempenham funções afins.
Afim é adjetivo e significa “próximo, semelhante”; dessa palavra deriva o substantivo afinidade.

A fim faz parte da locução prepositiva a fim de, que significa finalidade, equivale a para.

Ex.: Fui lá a fim de ajudar, não de atrapalhar.
Rafael saiu cedo a fim de não perder a primeira aula.




A cerca de, acerca de ou há cerca de?

A cerca de significa “a uma distância de”.

Ex.: Vassouras fica a cerca de 30 minutos de carro de Miguel Pereira.

Acerca de significa “sobre”.
Ex.: Os trabalhadores conversavam acerca de instalação de ar-refrigerado.

Há cerca de significa “faz ou existe(m) aproximadamente”.

Ex.: Trabalho nesta escola há cerca de 14 meses.

Ao invés de ou em vez de?

Ao invés de indica situação contrária, oposição.
Ex.: Subi, ao invés de descer.

Em vez de indica substituição, simples troca e equivale a “em lugar de”.
Ex.: Em vez de ir ao cinema, foi à praia.

Obs.: No lugar de “ao invés de” você pode usar “em vez de”, mas não o inverso.

A par ou ao par?

Depende: quem está ciente, inteirado de alguma coisa, está a par.

Ex.: O nosso presidente, Lula, nunca está a par de nada.

Ao par existe, mas é de uso eminentemente comercial: quando dois países negociam reciprocamente, e um compra do outro tanto quanto este lhe vende, o câmbio está ao par .


À-toa ou à toa

Depois da reforma ortográfica temos agora uma única grafia “ à toa”, tanto para o adjetivo invariável quanto para a locução adverbial.
Ex.: Quem nos atendeu foi um sujeitinho à toa e sem educação. (adjetivo)
Meu pai gosta de andar à toa de carro com minha mãe. (locução adverbial)

A ou há

Quando uso um e outro?

Sempre que tiver dúvida, tente substituir a ou há por faz; se a substituição for possível, use há; se não for possível, use a. Observe:
Saí de casa (a ou há?) muito tempo.
Saí de casa faz muito tempo.
Foi possível a substituição. Então:
Saí de casa há muito tempo.

Veja o outro exemplo:

Daqui (a ou há?) pouco eu chego em casa.

Daqui faz pouco eu chego em casa.
Não é uma frase aceitável. Portanto.
Daqui a pouco eu chego em casa.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Hifenização após a reforma ortográfica

Regra 1
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixo terminado em vogal + palavra iniciada por “r” ou “s”, sendo que essas letras devem ser dobradas.
Exemplos:
Ante-sala - antessala
Auto-retrato - autorretrato
Anti-social – antissocial
Ultra-sonografia - ultrassonografia
Obs.: Nos prefixos sub, hiper, inter e super, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada por “h” ou “r”.
Exemplos
Sub-hepático, hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, hiper-história, super-homem, inter-hospital.
Regra 2
Agora se utiliza hífen quando a palavra é formada por um prefixo terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.
Exemplos: microondas / micro-ondas
Microônibus/ micro-ônibus
Antiinflamatório/ anti-inflamatório
Microorgânico/ micro-orgânico
Obs.: A exceção é o prefixo “co” , que permanece sem hífen:
Exemplos: cooperação, coobrigar, coordenar
Regra 3
Não se utiliza mais o hífen em palavras formadas por um prefixo terminado em vogal + palavra iniciada por outra vogal, diferente.
Exemplos:
Auto-afirmação/ autoafirmação
Auto-ajuda/ autoajuda
Auto-escola/ autoescola
Auto-estrada/ autoestrada
Contra-indicação/ contraindicação
Contra-ordem/ contraordem
Extra-escolar/ extraescolar
Infra-estrutura/ infraestrutura
Neo-imperalista/ neoimperalista
Semi-árido/ semiárido
Obs. Esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por “h”:
Exemplos:
Anti-herói, anti-higiênico, extra-humano.
Regra 4
Não se usa mais hífen em composta que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição.
Exemplos:
Manda-chuva/ mandachuva
Pára-quedas/ paraquedas
Pára-lama/ paralama
Pára-brisa/parabrisa
Pára-choque/ pára-choque
Obs.: O uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constituem unidade sintagmática e semântica, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas.
Exemplos:
Beija-flor, couve-flor, erva-doce, ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, mal-me-quer, bem-te-vi.
OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE O HÍFEN
O uso do hífen permanece em palavras formadas com prefixos “ pré”, “ pró” , “ pós” ( quando acentuadas graficamente), “ex” ( no sentido de “já foi”) , “vice”, “além”, “ aquém”, “recém” e “sem”.
Exemplos:
Pré-natal, pró-europeu, pós-graduação, ex-presidente, vice-prefeito, além-mar,
aquém-oceano, recém-nascido, sem-teto.
Em palavras formadas por “circum” e “pan” + palavras iniciadas em VOGAL, H, M ou N.
Exemplos:
Pan-americano, circum-navegação, circum-murado, circum-hospitalar.

Com os sufixos de origem tupi-guarani “ açu”, “guaçu” e “mirim”, que representam formas adjetivas.
Exemplos.
Amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-acu.

Reforma ortográfica

REFORMA ORTOGRÁFICA

Decreto
6.583/2008
Professor: Willmann Costa

Por que a reforma?
A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, tem sido considerada como largamente prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu prestígio no Mundo.
A escrita é um evento singular, mas não podemos cair no engano de pensar que língua é apenas escrita.
O novo Acordo ortográfico está organizado em 21 bases. Vamos sintetizar os itens que mais possam interessar ao falante comum.

ALFABETO
O Alfabeto é agora formado por 26 letras.
O K, o W e o Y não eram consideradas letras do nosso alfabeto.
Como fica?
Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados: kg, watt, megabyte.
Portanto, nada de novo, já vínhamos fazendo assim há muito tempo.
TREMA
Não existe mais o trema, a não ser em caso de nomes próprios e seus derivados:
Bündchen, Muller, müleriano.

Atenção: Como a reforma só modifica a comunicação escrita (e não a falada), cabe a cada um de nós saber quando não pronunciar o “ u” ( exemplos: foguete, guitarra, queijo) e quando pronunciá-lo ( aguentar, frequência, linguiça).
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
O que mudou:
Regra 1
Os ditongos abertos “ ei” e “oi” não são mais acentuados em palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba)

Exemplos:

as-sem-blei-a, boi-a, i-dei-a, ge-lei-a, he-roi-co

Atenção: Nas palavras oxítonas e monossilábicas o acento continua para os ditongos abertos “ei” e “oi”e também “ eu”
Exemplos: anéis, papéis, constrói, herói, dói, rói, céu, chapéu.
Regra 2
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no “i” e no “u” tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Exemplos:
bai-u-ca , bo-cai-u-va, fei-u-ra
Atenção: Se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u” estiverem em posição final, seguidos ou não de s, o acento permanece
Exemplos: Piauí, Itaú .
Regra 3
Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas ( as que possuem a mesma escrita e pronúncia).
Exemplos: para (verbo)
pelo (substantivo)
polo (substantivo)
Obs. 1: O acento diferencial ainda permanece no verbo “pôr”, para diferenciar da preposição “por” e na forma verbal “pôde” ( 3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo poder) para diferenciar de “pode” (Presente do Indicativo do mesmo verbo)
Obs. 2: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos “ter” e “vir”, assim como de seus derivados.
Exemplos: ele tem – eles têm; ela vem – elas vêm; você retém – vocês retêm.
Obs. 3: É facultativo o acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma.
Em muitos casos convém usar: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Regra 4
Os hiatos “oo” e “ee” não são mais acentuados.
Exemplos:
Abençoo, enjoo, perdoo, voo, leem, deem,veem, creem

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Reflexão

“A gramática é o conjunto dos recursos
que a língua nos põe à disposição para
a interação social por meio de textos, orais
ou escritos”
Ingedore Villaça Koch


“A finalidade da educação é transmitir valores intimamente vinculados à filosofia de cada época.”
Willmann Silva Costa